Morro da Catumbela , o livro

Depois de uma longa ausência provocada por diversos impedimentos que me limitaram as viagens por Angola e consequentemente a possibilidade de aqui mostrar mais outros locais interessantes, voltei hoje para mostrar um livro que realizei sobre o Morro da Catumbela.

Já publiquei aqui diversas fotografias sobre o morro e suas gentes.

Em diversas subidas ao morro para fotografar pude constatar uma realidade que me surpreendeu porque não fazia ideia da forma como socialmente esta gente se organizou num local aparentemente caótico e sem grandes condições.

De conversa em conversa fui falando com as pessoas no local, desde simples e desconhecidos habitantes do morro até ao Soba do bairro Alto Nível, passando pelo padre responsável pela Missão Católica, e muitos outros, onde pude melhor perceber como vivem, ou melhor, como sobrevivem estas gentes e sobretudo como decorrem as suas vidas neste local tão cheio de contradições.

No livro tento mostrar que o morro não é tão bonito como se vê à noite nem tão caótico e desorganizado como parece ser durante o dia quando de longe olhamos para ele a partir da estrada principal que passa em baixo do morro.

De notar que vivem nestes morros circundantes do Lobito talvez 300.000 pessoas…

Muitas das fotos já foram publicadas aqui em artigos no blog.

Adicionei uns desenhos para ilustrar melhor o conteúdo do livro.

Clicar AQUI para poder ler o livro.

Sem Título

Benguela, Julho 2020

 

O prazer de conhecer

Ao ultrapassar os 50 artigos, tendo 31 seguidores, 57 comentários e mais de 7.000 visitas, queria aproveitar este momento para agradecer todos os comentários que aqui foram sendo deixados ao longo destes seis meses, e agradecer a todos aqueles que por aqui passaram.

Confesso que no início não esperava tamanha empreitada nem imaginava que tanta coisa ia acontecer e que tanta gente por aqui passaria.

O artigo mais procurado é aquele que fala do Comboio Mala, onde alguns comentários relatam na primeira pessoa histórias muito curiosas e interessantes.

Como gosto muito de tirar fotografias, preparei uma selecção daquelas que considero as mais bonitas e mais representativas de todas aquelas que até agora foram publicadas.

Pessoas

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Cidades

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Animais

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Paisagens

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Infelizmente estas apresentações de imagens (slideshow) não podem ser visualizadas correctamente em telemóveis e tablets. Só me apercebi deste inconveniente após a publicação do artigo. As minhas desculpas.

 

viajar

Este blog foi criado essencialmente para falar de viagens.

Como a escrita não é a minha praia, pedi ajuda ao Fernando Pessoa  que nos primeiros versos do seu poema “A melhor maneira de viajar é sentir”, nos deixa estas palavras:

 

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

….

 

Benguela, 27 de Setembro de 2015, domingo

 

porquê?

A escolha deste título para o blog – o viajante – tem a ver essencialmente com as minhas memórias de infância.

Nessa altura vivia numa pequena vila (Minde) cuja actividade principal era a industria têxtil, e nesse tempo um viajante era uma personagem.

Personagem fascinante, por vários motivos, primeiro porque viajava pelo país inteiro em viagens que se prolongavam por semanas, por vezes, meses, andando de terra em terra a visitar as lojas dos clientes para vender malhas, segundo, embora com algumas excepções, era normalmente um tipo bem vestido, perfumado, sempre com excelente apresentação e conversa jovial.

Contava as peripécias das viagens, os sítios por onde passava, as pensões onde pernoitava, era para uma criança curiosa um prazer ouvir as histórias, com alguns exageros (desculpáveis) à mistura, no fundo, foram estes relatos, os primeiros contactos com as viagens que sonhava poder vir a fazer um dia.

Estando neste momento em Angola por razões profissionais, com o meu quartel general situado em Benguela, comecei por querer conhecer e visitar esta região.

Ao fazê-lo, deparei-me com a falta de informação sobre como ir, qual o melhor caminho, quais os sítios mais interessantes… apesar de pesquisas na net, não encontrei informação que permita a um estranho fazer-se à estrada e conhecer.

Daí a ideia deste blog, para colocar aqui os sítios por onde vou andando, com fotografias para ilustrar melhor e sobretudo disponibilizando mapas que fui realizando e que agora ficarão aqui disponíveis para que outros como eu tenham a tarefa mais facilitada.

Quero agradecer ás pessoas que aqui me têm dado muita informação e conselhos sobre onde e como ir.

Espero poder contribuir de forma modesta para divulgar as belezas desta terra incrível.

E é dessas viagens que aqui deixo o meu olhar.

Benguela, 17 de Setembro de 2015