Parque Iona/Foz do Cunene (parte VI)

Espinheira – Foz do Cunene – Baía dos Tigres

Neste e no próximo e ultimo artigo desta viagem, as imagens aqui colocadas falam muito por si.

No entanto, não é possível aqui mostrar os momentos de pura adrenalina que vivemos na perseguição a animais e nas pistas de areia em velocidades que atingiram os 100 km/h!

É talvez nesta ultima parte da viagem que a paisagem mais surpreende pela imensidão da areia, pelas dunas enormes e quase sem fim.

E no meio desta aridez, cruzá-mo-nos com zebras e orix e fomos atrás deles de carro a velocidades incríveis…

Muita adrenalina, muita emoção.

Saindo da Espinheira depois do almoço, o objectivo dessa tarde era chegar à foz do Cunene e sabendo que nos esperava muito vento e pouco abrigo para montar acampamento, iríamos subir para norte para procurar um local mais perto da Baía dos Tigres para o efeito.

Para quem não leu o artigo anterior, deixo aqui o mapa deste segundo dia de viagem: mapa do 2º dia

A picada era agora uma suave pista de areia onde esperávamos avistar alguns animais.

IMG_2053

IMG_2056

IMG_2055

IMG_2057

????

Local de paragem obrigatória para observar e fotografar o carro em sucata mais icónico do Namibe.

Este carro abandonado é objecto de várias imagens na net.

IMG_2061

IMG_2059

Alexandre o Grande

IMG_2058

Mais à frente uma das viaturas do grupo inicia uma perseguição as duas zebras e consegue que pelo menos uma delas, corra durante algum tempo ao nosso lado, o que permitiu fotografias muito interessantes

IMG_2068a

IMG_2069a

IMG_2081a

IMG_2083a

IMG_2087a

IMG_2088a

Para informação as zebras que povoam esta região são do tipo Zebra das Montanhas, procurei pela net e compilei um texto sobre estas zebras:

Vivendo em grupos pequenos, a Zebra da Montanha encontra-se em perigo.

Habitam nas pradarias e savanas de montanhas, savanas abertas e nos planaltos elevados em populações isoladas nas áreas de montanhas do Oeste e Sul da África do Sul e em populações maiores no Sudoeste de Angola e na Namíbia.

São animais que migram sazonalmente, e as suas grandes concentrações são muito conhecidas.

As fêmeas atingem a maturidade sexual aos 2-3 anos, mas reproduzem-se apenas aos 6 e os machos atingem-na depois dos 4 anos.

Procriam todo o ano, têm um período de gestação de cerca de 1 ano, nasce 1 única cria e o intervalo de procriação é de 1 a 3 anos.

As Zebras da Montanha alimentam-se de ervas, folhas, casca de árvores e matéria vegetal.

Estas belas criaturas têm a longevidade na Natureza desconhecida, mas em cativeiro de cerca de 29 anos.

Um pouco mais à frente um órix isolado foi correndo ao nosso lado e deixou-se fotografar:

IMG_2093a

IMG_2094a

IMG_2099a

IMG_2100a

IMG_2105a

IMG_2119

IMG_2120

Tal como das zebras, agora é a vez de escrever umas palavras sobre este animal, também compilados de vários textos que encontrei na net:

O órix é um grande antílope africano.

É também chamado de guelengue-do-deserto ou, ainda, gemsbok, nome de origem neerlandesa, que significa camurça.

Este antílope caracteriza-se pelo seu porte elegante e pelos seus chifres longos e direitos, por vezes ligeiramente encurvados e canelados na base.

A pelagem é de pelo curto de um tom cinzento arroxeado.

Ostentam diversas manchas pretas e brancas na face.

É um animal típico do deserto, ou de regiões secas e áridas, onde pode subsistir em condições de extrema secura, contentando-se com a água contida nos alimentos que ingere.

Ele consegue sobreviver em zonas onde a maior parte dos mamíferos não pode subsistir.

Os órix só bebem água quando a conseguem encontrar. São animais extremamente resistentes.

Durante os períodos de maior seca do ano evitam deslocar-se durante o dia para não se desidratarem.

Pode também ser encontrado nas dunas de areia, nas savanas, em regiões de algum relevo montanhoso.

Forma rebanhos numerosos em que os machos e as fêmeas mais velhas têm papel preponderante sobre os restantes componentes da manada.

Depois de toda esta adrenalina, depois de várias viaturas do grupo perseguirem e acompanharem estes animais, retomámos o caminho das pistas de areia.

Como as dunas estavam perto, a partir daqui até ao destino final, rolaremos com os pneus com pouco ar (1bar), porque só assim pudemos andar na areia (mais dura) das dunas e na areia à beira mar.

IMG_2125

IMG_2138

IMG_2142

IMG_2145

E já perto final da tarde, chegámos à foz do Cunene, ponto ansiado durante toda a viagem.

Primeira paragem no posto policial, ainda antes da foz no Atlântico, mas muito perto do mar.

E a paisagem é magnífica, nós na margem direita temos a visão mais imponente, porque à nossa frente estão as dunas da margem esquerda (Namíbia).

Até um órix Namibiano nos olhava do outro lado do rio…

IMG_2147

IMG_2148

????

????

????

IMG_2151

IMG_2152

IMG_2155

IMG_2157

Retomámos a pista de areia para finalmente chegarmos à foz, mesmo onde o Cunene se entrega ao Atlântico.

IMG_2160

IMG_2162

IMG_2168

IMG_2168a

Aqui o areal é plano, muito vento, algum frio, vários animais no horizonte e até uma foca estava à nossa espera para nos dar as boas vindas neste ponto mas a sudoeste de Angola.

IMG_2169

IMG_2179

IMG_2185

IMG_2186

IMG_2187

Rumo a norte, montámos acampamento não muito longe da Baía dos Tigres

????

????

????

Quando chegámos estava muito vento, mas com as viaturas colocadas estrategicamente conseguimos um corta-vento e pudemos montar o acampamento.

Nesta zona existem muitos chacais, e dois deles no final da noite fizeram uma visita ao acampamento, e puderam degustar os restos do churrasco que lhes foram oferecidos.

IMG_2214aa

IMG_2214ab

IMG_2224a

IMG_2236a

IMG_2235a

Tal como anteriormente, aqui deixo algumas palavras sobre estes animais.

O chacal africano é um pequeno predador com hábitos necrófagos.

É um animal bastante tímido que só se arrisca a atacar pequenos animais, preferindo alimentar-se dos restos das carcaças deixadas pelos grandes predadores.

É um artista perfeito na arte de se infiltrar para poder roubar os seus quinhões de carne, disputando os restos com os abutres e com outros pequenos animais necrófagos que se lhe oponham.

É o tipo clássico do ladrão furtivo que rouba e foge.

É muito abundante em toda a África e habita uma grande diversidade de habitats, desde o deserto puro às florestas e às savanas.

Tem hábitos nocturnos e procria em tocas.

Baía dos Tigres, 1 de Novembro de 2015, domingo

Deixe um comentário