Este artigo vem no seguimento da visita feita à barragem do Calueque (artigo anterior) e pretende mostrar a beleza do Cunene e da sua envolvente nesta região.
O rio Cunene nasce nas Boas Águas, Huambo, no Planalto Central de Angola, correndo para Sul até atingir as quedas do Ruacaná, a partir de onde inflecte para Oeste até à sua foz no Oceano Atlântico.
O curso do Cunene é de cerca de 1.200 km, dos quais 960 km exclusivamente em Angola e os restantes fazendo fronteira com a Namíbia.
O Cunene é um dos poucos rios permanentes nesta região árida ao sul de Angola.
A criação do povoado do Calueque resultou essencialmente da construção da Barragem do Calueque.
Aquela estrutura, construída em cooperação entre os governos de Portugal e da África do Sul, obrigou à criação de um estaleiro e de estruturas de apoio que deram origem ao actual povoado.
Local de beleza única, paraíso para animais e plantas.
Durante a construção da barragem a população do Calueque que habitava na sua margem direita, mudou-se para a margem esquerda.
Em consequência, restam abandonadas casas do tempo colonial na margem direita, que fotografei.
Na margem esquerda e imediatamente a jusante da barragem, os habitantes que agora vivem nesta margem, pescam e tomam banho numa “praia” improvisada.
Maioritariamente estas populações vivem do rio directa ou indirectamente.
Pesca artesanal, agricultura, criação de gado são as actividades principais.
Calueque, Março 2016