Cine Teatro Monumental – Benguela
Folheei há dias um livro muito interessante e pude observar inúmeras fotografias dos cinemas de Angola.
E pensei em fotografar com mais detalhe os cinemas destas duas cidades por onde costumo andar com mais frequência e aproveitando o pouco tempo livre que disponho, pus-me a caminho para fotografar os cinemas de Benguela e do Lobito.
Sobre o tema dos cinemas em Angola, o GOETHE INSTITUT publicou uma entrevista interessante com o autor do livro que vale a pena ler.
Os dados sobre os cinemas que visitei e fotografei foram recolhidos no site cineafrica.
Com toda esta informação, resta-me colocar aqui as fotografias que tirei, começando por Benguela e pelo CINE TEATRO MONUMENTAL.
Breve história e dados técnicos recolhidos na net:
“O Cine-Teatro Monumental nasce no início da década de 50, fruto de uma iniciativa ‘puramente benguelense’, como se orgulhavam na altura as gentes de Benguela.
Inconformados com a inexistência de uma grandiosa casa de espectáculos na cidade, organizaram-se e criaram a Empresa de Turismo e Propaganda de Benguela – Probenguela.
À frente estão três ilustres conterrâneos – António Augusto Durães, António Pereira Marques e Eduardo Marques Centeno, o principal impulsionador.
Álvaro de Almeida, Monterroso Carneiro e José Pereira Branco são outros nomes associados à empresa que constrói o cine-teatro.
Era anteriormente conhecido por Cine-Teatro Imperial, tendo sido este o primeiro cinema a ser edificado nesta cidade.
É um edifício influenciado pelo movimento moderno, no qual a fachada principal é materializada com cantaria regional, destacando-se a configuração ampla do seu interior.
A sala é composta no primeiro piso por uma plateia para 884 lugares, palco, camarins, átrio, bilheteira, escritório, e vestiários.
O segundo piso é formado por nove camarotes, balcão com mais 416 lugares, galerias e um salão nobre, e no terceiro e último andar, estão localizadas a sala de projecção e a sala de bombeiros.”
Com a devida autorização do responsável da Cultura de Benguela, e na companhia do Sr. Russo a quem agradeço a gentileza com que me recebeu, pude entrar e fotografar o seu interior.
Após mais pesquisa na net ainda consegui saber que:
“A Guerra Civil Angolana, porém, levou ao seu fechamento na década de 1980.
Só reabriu as portas em 2004, quando o ex-futebolista Osvaldo Cruz (conhecido como Joni), depois de encerrar a carreira de jogador, investiu na reforma do prédio e assinou um contrato de exploração com a Empresa Distribuidora e Exibidora de Cinema (Edecine).”
Deixo aqui uma imagem de um cartaz da época que encontrei na net aquando da inauguração do “cinesmacope”:
Benguela, Abril 2016
Bela iniciativa e belo documentário descritivo e fotográfico
Bem Haja! As gentes destas lindas terras agradece do fundo do coração e todos adoraram!
Abraço e continue com a sua linda e interessante obra!
P.S. é pena não se poder compartilhar o trabalho conjunto que fez, com outros temas da nossa Angola, onde entra o cinema “Kalunga” que também está muito lindo e interessante.
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