Tombwa – costa Norte, Arco e a Rocha

Entre Namibe e Tombwa a paisagem árida, quase desértica, tem o seu encanto próprio e são 100 km de prazer (para quem aprecia), ao percorrer este trajecto, até porque o pavimento está excelente, coisa rara nestes tempos que correm.

No final de tarde na beira da estrada com o céu muito enevoado:

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Encontram-se ao longo da estrada placas de sinalização muito antigas, tão antigas que ainda têm como referência os nomes destas duas cidades antes da indepêndencia: Moçâmedes (actual Namibe) e Porto Alexandre (actual Tômbua).

Fica aqui o registo desta curiosidade.

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Neste artigo venho mostrar umas fotografias tiradas na costa Norte de Tombwa, no Arco e num “canyon” magnifico que é identificado localmente como a Rocha.

Num próximo artigo publicarei fotografias da continuação desta viagem, passando da Rocha para a picada que nos leva ao farol dos Flamingos para depois voltar à estrada, para nova e ultima incursão pelo leito do rio seco que nos leva ao até mar onde se encontra o Flamingo’s Lodge.

Para poder andar por estas paragens de forma mais fácil, preparei um mapa que pode ser visto aqui.

Iniciando este passeio imediatamente antes de atravessar a ponte sobre o rio Curoca (sentido Namibe/Tombwa) na saída da estrada principal à direita, teremos 9 km de picada boa, maioritariamente de areia, que deambula entre as pequenas montanhas e o mar e termina numas salinas cuja entrada me foi vedada por não estar autorizado a visitá-las.

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Um escorrega natural para diversão da miudagem

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De regresso à estrada principal, tomando a direcção do Namibe, passados 12 km, encontramos uma placa com a indicação Arco 4 km, e saindo à direita para a picada que se faz sem dificuldade de maior, chegaremos a este local tão icónico e muito visitado.

Ao chegar, encontrei um guarda que por lá mora com a família mais suas cabras e cabritos, que me explicou que o lago está seco já vai para seis anos e que essa situação acarreta para a agricultura da região graves prejuízos.

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Anteriormente quando o lago enchia, a paisagem era muito mais agradável, e até os flamingos por ali apareciam, mas actualmente a zona do lago está permanentemente seca e a paisagem torna-se um pouco desoladora.

O famoso Arco, não é mais que uma formação rochosa que tem a forma muito característica de um arco apoiado no meio tendo a erosão ao longo dos anos acabado por lhe dar este aspecto estranho e imponente.

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Visitado o arco, retomando novamente a estrada principal, e percorridos 18 km para norte (direcção do Namibe) encontramos uma placa que nos indica à esquerda (para quem vem do Tombwa) uma picada para chegar até à Rocha.

A picada é rápida, com um piso macio e fácil e leva-nos directamente à parte superior deste “canyon” natural que os locais resolveram chamar simplesmente de Rocha.

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O desnível entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo do “canyon” terá uns bons 60 metros.

A paisagem neste local é magnífica pela grandiosidade das formações rochosas e pelo fabuloso fenómeno da erosão que provocou esta gigantesca garganta escavada no terreno e apontada ao mar.

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No regresso à estrada principal, algumas welwitchias mirabilis de porte imponente estavam ali descansadamente estendidas neste planalto de solo árido e agreste.

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Norte do Tombwa, Agosto 2016

4 thoughts on “Tombwa – costa Norte, Arco e a Rocha

  1. Gostei do que li e das fotos que vi, pois são fotos que se vêm sempre, muitas e muitas vezes, dado que são de uma beleza espectacular.
    No entanto gostaria de referir e só por mera curiosidade, que eu estive lá, nesses mesmos locais e também os fotografei, em Março/2016. Fiz uma viagem por Angola, para ver e recordar outros tempos, tirei fotos nos mesmos sítios onde tinha tirado há mais de 40 anos atrás e notei as diferenças. Mas foi muito bom ter voltado lá.
    Continuem a publicar destas “coisas”, pois nunca é demais.
    Abraços,
    Álvaro Pelicano

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  2. Em 2007 andei por estes sítios todos. Apesar de nascida em Angola, de onde só saí pela 1ª vez com 17 anos (1959), não conhecia e adorei. Obrigada

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  3. Já, tantas saudades… Este blog será sem dúvida um local para “matar” saudades, até um dia regressar 😉 Sempre grata pela partilha!

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